Meus pais vieram à Europa nos visitar. Ficaram em Barcelona alguns dias, fizemos algumas viagens e partiram para realizar o caminho de São Tiago. É verdade! O casal é animado :).
Valência
Logo no primeiro final de semana, fomos à Valência, um pouco ao sul de Barcelona, visitar o Leandro, filho do Plínio, que é um velho amigo dos meus pais. Valência é a terra da paella e o Eraldão não poderia deixar de saborear uma.
O Leandro não poderia ter nos tratado melhor. Perfeito anfitrião. Nos levou pra comer e beber do bom e do melhor e nos recebeu na sua casa. Passamos ótimos momentos pela bela cidade de Valência.
O tempo também colaborou. Céu limpo o final de semana todo. Não chegamos nem perto de passar frio.
O lugar que mais nos agradou foi o aquário oceanográfico, o maior da Europa. O aquário das águas vivas é impressionante.
Os arquitetos responsáveis pelo projeto são o valenciano Santiago Calatrava e o madrilenho Félix Candela. Os desenhos dos vários edifícios do complexo são muito bonitos.
O tanque dos tubarões também impressiona. É legal ver como os tubarões realmente convivem com vários peixinhos sem devorá-los :).
Nossa segunda viagem foi para a Itália. Ficamos uma semana viajando de carro pelo norte e pela Toscana. Na terça-feira pegamos um vôo de Barcelona para o aeroporto de Bergamo. Na saída, a mala do Eraldão já ficou entalada no medidor da Ryanair (empresa aérea de baixo custo que é muita rígida quanto às dimensões e peso da bagagem de mão) e teve que pagar pra despachar sua mala, rsss. Mas este foi praticamente o único ponto negativo da viagem. Daí em diante foi só alegria :D.
Lago di Garda
Em Bergamo pegamos o carro e já partimos para almoçar às margens do
Lago di Garda (o maior lago da Itália com 370 km²), na pequena cidade de Sirmione.
A cidade tem um castelinho do século XIII muito bacana. É mais interessante porque a cidade fica em uma pequena península do lago e o castelo está bem no ponto mais extremo da península.
Saindo de Sirmione, seguimos contornando a margem oeste do lago em direção ao norte, até a cidade no ponto mais ao norte do lago: Riva del Garda. Esta cidade fica na província de Trento onde já existe uma grande influência austríaca. Na realidade, até 1918, Riva del Garda era parte da Áustria. É marcante a diferença cultural na cidade. É comum, por exemplo, escutar as pessoas falando austríaco pelas ruas.
Seguimos agora para o sul, contornando a margem leste do lago, até chegar à cidade de Peschiera del Garda, onde dormimos no
Camping Bella Italia. Apesar de ser um
camping, o local também oferece apartamentos com um ou dois quartos. Ficamos em um apartamento com um quarto e sofá cama na sala. A estrutura do local é muito boa e os preços bem em conta. Só não deixe de levar toalhas e roupa de cama, porque eles cobram um valor extra para prover estes materiais (11 € por jogo de roupa de cama de casal).
Verona
No seguinte dia fomos direto para
Verona, cidade onde passa o romance
Romeu e Julieta, ainda no norte da Itália, certa de 50 km do Lago di Garda.
Além de Romeu e Julieta, a cidade também oferece belos locais, como a
Arena de Verona. Esta arena é muito conhecida e importante pois é uma das estruturas deste tipo mais bem conservadas no mundo. Atualmente a arena ainda é utilizada para exibições culturais.
A cidade possui algumas praças fantásticas.
E vejam a peça de teatro que está em cartaz atualmente na cidade de Romeu e Julieta :).
Eles mantém na cidade (por motivos turísticos, obviamente) as casas supostamente de Romeu e também a de Julieta. Suponho que estas casas sejam as que inspiraram a obra de Shakespeare, que na realidade foi inspirada em romances da Antiguidade. Esta ao lado é a casa de Romeu :/.
Ao lado, "nossa Julieta" no balcão da casa da "verdadeira Julieta" chorando seus amores ao seu Romeu. :D
Veneza
Em Verona, passamos apenas a tarde. No final do dia fomos para Mestre, cidade vizinha a Veneza, onde ficamos dois dias. Nos hospedamos no
Hotel San Carlo, uma ótima opção para quem vai visitar Veneza de carro, já que carros não podem circular na cidade. Você só pode chegar de carro até a entrada da cidade de Veneza e o estacionamento ali é bem caro. Mestre é a primeira cidade após a ponte e o Hotel San Carlo fica a 5 minutos do ponto onde você pode pegar um ônibus que chega a Veneza em 10 minutos.
Veneza é um "must" da Europa, todo brasileiro sabe disso. Realmente é uma cidade ímpar. Muitos prédios não estão bem conservados mas a cidade tem caráter.
Fizemos um passeio bem turístico mas que vale a pena. É um passeio de barco que dura 4 horas e passa por três ilhas na lagoa de Veneza, incluindo a ilha de
Murano, famosa pela fabricação de vidro.
A ilha de
Burano é interessante pela particular pintura das casas, todas coloridas. A ilha mantém este aspecto de uma maneira bem rígida. Qualquer morador, quando deseja pintar sua casa, necessita pedir autorização ao governo que decide quais cores podem ser usadas.
Florença
Depois de dois dias em Veneza, que valeram muita a pena, partimos em direção sul, até
Florença, capital da Toscana. Esta região é muito conhecida pela culinária. Quando pensamos na culinária italiana sempre vem a cabeça pizza e massa. Mas a Itália tem muita mais a oferecer e em Florença a especialidade é a
Bistecca alla Fiorentina. Se você for no lugar certo, não irá se decepcionar. Mas Florença não é somente comida. A arquitetura da cidade é muito bonita e lá também está o mais famoso museu de arte do mundo: Galleria degli Uffizi (Galéria do Ofício).
Lucca
De Florença, seguimos para Lucca, uma charmosa cidadezinha ao lado de Pisa. Lucca é uma cidade fortificada, possui uma muralha cercando toda a cidade. O legal é que a muralha é totalmente conservada e bastante ampla. Você pode dar a volta em toda a muralha caminhando ou de bicicleta. Até carro passa lá em cima.
Pisa
Ah! E pra fechar a viagem com chave de ouro, a grande surpresa: Pisa. Todo mundo me dizia que Pisa só tinha a torre para visitar. Não sei se é verdade, mas nós fomos apenas na torre mesmo. Mas vale muito a pena! A torre é impressionante. Além de ser torta (e muito), a torre e os seus arredores são muito bonitos. Subir na torre então... nossa! Chega a ser bizarro. A inclinação é tamanha que você sente claramente durante a subida o seu corpo pendendo para um lado e para outro. Em alguns pontos você chega a perder o equilíbrio, rs.
Na foto abaixo você tem uma boa noção da inclinação no pico da torre, comparando a linha do horizonte com o corrimão da torre. Minha mãe estava morrendo de medo de cair lá de cima, dá pra notar na foto, rs. A inclinação da torre não é regular. Durante sua construção ela já começou a incluir. Então, os projetistas foram corrigindo a medida do possível nos anéis superiores.
